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“SAY GOODBYE”

Posted by Eve Rojas on 3:47 PM
Dar adeus, despedir-se, renunciar. Ah, as imprudências do acaso! Rompeu o casulo. Deixou o estado de crisálida, abriu as asas, virou borboleta de aparência frágil, cheia de graça e beleza impactante. Podia ter vivido dias, semanas, meses... E assim o fez. Com a velocidade do seu vôo, deu adeus. As mariposas diziam que não valia a pena: – “Borboletas? Argh! Quem confia nelas? Uma vez lagartas, sempre lagartas. Eu não disse!”. Tolas. A inveja cegou as mariposas. A crença fez de duas vidas uma, nas asas de uma borboleta. Foram dias tão intensos. Conheci o mais belo e sua fugacidade, a maior das dores e a crueza do não-dito da verdade. Valeu a pena. Está tudo guardado. Na pele, no cheiro, no toque, no carinho, no cuidado, na chuva, nas ruas, nas canções, nos medos, nos desejos, no beijo, na cama, nos sonhos, nos planos, nos filhos, na família, no desperdício, no vício, no erro, no choro, nos mais sinceros sorrisos, nos silêncios, no sono, no banho, nos abraços, nos esquecimentos, nos atrasos, no sofá, nas surpresas, nas cartas, nas loucuras, na praia, no carro, no trabalho, na cumplicidade, no refúgio, na noite, no amanhecer, nos encontros, nas (in) compreensões, nas brigas, na química, nas desculpas, nas culpas, nos “Eu te amo”, nos “Eu não te amo mais”...NA ALMA.

Vita brevis Vita brevis. A única certeza que tenho é que vivi, sempre de acordo com as verdades que tenho em mim. Foi sempre assim. Talvez fosse perfeito demais para ser real, e como toda perfeição, não resistiu a prova. Doeu. E quase que a raiva me perverte a percepção, mas ainda posso e devo agradecer-te por ter me feito ver, viver mais a minha humanidade. Pode parecer bobo, mas obrigada por ter me permitido chorar diante de ti. A ti pode ter parecido tão somente fraqueza, mas a mim, fortalecia o intelecto, as emoções, me integrava. Eis o meu infinito particular. Ainda com Marisa: O que passou, a mim não calou; e o que virá – talvez – um dia, nos dirá. Este futuro não me instiga mais. O destino em conluio com tempo se encarrega e nos carrega para onde quiser agora, na verdade como sempre fizeram, aliados, a nossa livre vontade. Só pra ser sincero. Estou a desfrutar dessa liberdade que me destes, tenho gostado. Contudo saibas que eu posso até mudar, eu posso estar em qualquer lugar, mas tu ainda vens comigo aonde quer que eu voe. Se isso de alguma forma incomodar, se te incitar a me responder, me responda ao menos com a verdade do raio, mesmo que não consigas me mostrar o sol. Não me dê resposta pronta, não te adeques a mim.

Nestes dias de confusão nem pudemos dizer do amor, nem pudemos escrever sobre o amor, nem ao menos gesticular o amor; mas sei que pensando nele estávamos e levaremos muito ainda para deixar. Porque foi – mas como tu mesmo disseste que não fala no passado, é, um amor desesperadamente puro, desses que excedem os limites da normalidade e da palpável existência. Pretensão a minha de falar por ti? Talvez seja. Talvez fosse. Se não tivesses me dado a licença de olhar através dos teus olhos a tua alma; de me deixar ver as tuas máscaras e a tua face. De ouvir tua angústia em dizer “eu te amo” e tchau. Meu amor, infelizmente não há como dar rédeas ao imensurável. Talvez a vida nos permita uma última dança, daqueles em que o tempo pára, tudo em volta inexiste, e somos apenas eu e você. Apenas uma última dança. Porque você sabe, você sabe, você sabe...

Tu non lasciarme mai la mano anche se un giorno finirà.

Hold on to me and never let me go. Is hard to say goodbye but goodbye.

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