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Posted by Eve Rojas on 9:48 AM
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Mais uma, por favor!

Posted by Eve Rojas on 7:01 AM
A raiva veio por fruto de padrões ou expectativas pouco realistas em relação à outra pessoa. Este é o caso, portanto poderia continuar adotando o exercício da tolerância e da flexibilidade. Todavia, além de se configurar como uma atitude, advinda de mim, arrogante; não surtiria efeito algum, a não ser para mim. Um efeito de dor que alimentaria uma raiva velada diante uma situação de extrema frustração posto que o outro foi o tempo inteiro poupado do sofrimento e, portanto não sabe valorizar um ato de amor, nem mesmo é capaz de reconhecer em si, o propagar do mesmo erro.

Se, tem frustração tem raiva, se tem raiva tem agressividade. Então, mais uma dose. Mais uma dose de agressividade garçom! Serve para me fazer enfrentar as dificuldades, defender meus interesses e saciar a minha sede. Por favor. Cansei da apatia. Não agüento mais o veneno do “não-dito” em doses homeopáticas. Meu senso de humor ácido e sarcástico esgotou. Mais uma dose! Agora de sinceridade. Pode servir um shot de descontrole também. Sim, pois precisam saber que eu tenho motivos que me despertam uma raiva indomável, com os quais a minha tolerância é zero. Já vou logo dizendo do meu limite para não gerar conflito desnecessário.

Mas é o seguinte, meu caro garçom, uma garrafa de raiva não. E nem convite para entrar no clube. Um ou dois copos com muito gelo, já está bom. Até porque sou uma pessoa que faz exercícios e se esforça para manter uma dieta equilibrada. Balanceio minhas emoções positivas e negativas, assim como as que são ou estão guardadas, com aquelas que são postas para fora. Preocupo-me com o meu colesterol emocional. Se me descontrolo, adoeço e morro, minha mente teima em ser inseparável do corpo.

Uma dose de whisky de emoções “doze anos” mais um Red Bull do silêncio. Devagar barman! Devagar que isto é uma bomba pronta para detonar uma complexa série de reações químicas e físicas dentro deste corpinho aqui! Tudo bem que com ela eu vou parecer mais forte do ponto de vista social, mas em contrapartida esta bomba está louca para, de quebra, sabotar o funcionamento do meu sistema imunológico. Então todo cuidado é pouco, porque o pavio é curto e a embriaguez emana.

Ah que saudade dos meus níveis estáveis de serotonina. Do tempo em que cachaça era literalmente água e chocolate era minha maior perversão. Fique tranqüilo meu camarada, que eu não sou mais um bêbado a alugar seus ouvidos com nostalgias e dores de amor. Só estou degustando dos sabores das emoções para poder louvar o gosto da liberdade. Desce mais uma, por favor! Mas agora eu quero uma antártica do prazer original. Daquelas estupidamente geladas, prontas para brindar entre amigos. Compartilhemos o prazer meus caros, porque a dor é minha só e mais de mais ninguém – eita que já tem gente ensaiando cantar! – Mudemos o foco! Façamos um brinde! À noite, ao bar, a fantasia e aos amigos que não estão lá. A todos aqueles que fogem do amanhecer, refugiam-se na noite, no álcool da covardia, no cigarro do medo, no entorpecer da balada ou numa mesa de bar.

Alguém já está pronto para tomar a tequila do esquecimento? Um body shot! Vamos lá! Traz a tequila comandante! Vou ensinar. Primeiro beba o shot da amnésia delirante, depois, o sal e o limão da verdade, degustados na carne, para equilibrar a ilusão, o prazer nauseante e a efêmera realidade. Boa! Agora estamos preparados para começar a dançar. Lance-se comigo na pista. Solte o corpo devagar. Deixe a música conduzir... E... Ô! Meu querido! Manda uma dose de vodka da sensualidade com guaraná! Ei, mas tem que ser soda, porque nem original, nem fanta artificial dá! Vá logo preparando mais uma porque a angústia da sobriedade, com tanto gasto de energia, está querendo ganhar lugar. Como é doce o desfrutar da ilusão. Para terminar a noite meu amigão, deixe que eu mesma me sirva uma taça de merlot. Apenas uma. Porque o sol anuncia a chegada e a minha cama está vazia. Vazia do que se foi e cheia de mim. Agora eu quero água. Bastante. Para lavar a minha alma do gosto, do cheiro, do vício da fuga alucinante. Quero perceber e controlar o nexo emocional das relações sociais para poder desconectar, com equilíbrio, o comportamento social e as emoções sem me tornar alguém essencialmente fria. Mas por favor, não me deixe perder o descontrole e as construções delirantes. Sirva-me uma long long neck, de vez em quando para aliviar a tensão, perverter a racionalidade e liberar o tesão.

Embriaguez e sobriedade. Realidade e Fugacidade. Amor e ódio. Indiferença e cumplicidade. Que seria de nós sem Dionísio? Que seria de nós sem Apolo? Que seria de nós sem o vão da loucura, sem o vácuo da sensatez? A mórbida frigidez. Jamais conheceríamos o aprendizado da queda, o prazer da intensidade e o horror da liberdade. Ô do bar, ô irmão, vem cá. Diz uma coisa do alto da sua sabedoria etílica. Pra sentir raiva é preciso sentir amor ou para sentir amor é preciso sentir raiva? Ok, tudo bem. Esqueci. Garçom não fala. Acho melhor eu ir fazer uma massagem tântrica para harmonizar os meu chackras.

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Posted by Eve Rojas on 6:33 PM
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Para você saber do amanhecer

Posted by Eve Rojas on 6:29 PM
Amanheceu. Sim, amanheceu! Já não agüentava mais tanto gris! Há quantos dias eu não via o sol. Saudações ao nascer! Saudações! E eu vi, eu vi! Algo mudou. Algo diferente do despertar de ontem. No olhar, no gesto, na voz, talvez um novo jeito de agir. Novos horizontes. Novos sinais. Enfim.

Depois do abandono, virei observadora de mim mesma. Nem eu me engano, nem me deixo mais. Se bem que quanto embarquei acreditei. Quando me dei, me dei. Por mim. Pelo outro. De modo emocionalmente consciente – se é que isto é possível. Como aquele que só quer amar o bem. Joguei-me. O meu prazer, ao teu. A minha dor, a tua. O meu silêncio, a tua voz. E aí vêm as conseqüências não pretendidas da ação junto com as ações não pretendidas das conseqüências. Ô renúncia inútil! Na verdade, antes fosse inútil, antes fosse renúncia e não tanta falta de absurdo. Surdo? É. Estou surdo...Para o resto do mundo. A falta de óculos é a culpada de tudo. Sei não viu. Já cansei das repetições do meu “eu” pueril! Troco o cigarro de chocolate pelo marlboro de menta! Eu sou assim. A farsa da compreensão, a arrogância do aplauso. O que resta a um soldado raso em frente ao front? Morte. Heroísmo. Só. Isso mesmo. So-li-dão...Renúncia, ódio, amor, escravidão. Eita herança!

Eu vivo numa busca incessante pelo mais humano. Peço conselhos a Dionísio, mas ele – debochado do jeito que é – me deixa sempre as bacantes, em meio às danças e gritos de júbilo. Cansada da pandemia, e graças ao meu sufocar asmático, acabo a noite sempre nos braços do filho do Caos. Eros. Eros é um rapaz intenso e bonito. Eros é a harmonia e, do universo, o poder criativo. Tudo de bom como dizem por aí. Todo mundo mereceria. Todavia nada é realmente tão perfeito. Eros é cego e ainda é guiado pela Ânsia e pelo Desejo. E aí começam novamente os meus problemas, mas ele é astuto. Sabe a hora exata de abandonar o arco e trazer, à mão, uma rosa. Quem nada sabe de estratégia sou eu! Eu dou tiro pela culatra. O meu altruísmo é a perversão da minha arrogância. Sou herói e vilão do eu.

Zeus que me ajude a largar Morfeu! Por hora cansei do sonho. Cansei de verdade, cansei mesmo. Também cansei da razão, do automatismo e da conseqüência lógica. Não faz sentido? Quero nem saber. Hilda Hilst que esclareça ou dês-esclareça melhor a inquietude do ser. Só peço que permaneçam as construções irrefletidas e os encadeamentos ilógicos dos surrealistas. Dalí já dizia: “Tudo que gera contradição é sinônimo de vida”. Eu sou a própria contradição ou sou a vida? Confusão criativa. Estou pronta para os jogos espontâneos do inconsciente. INSTINTOS. Quem foi que disse mesmo para confiar nos instintos? The Master, Noel Peirce Coward. Porém disse ele também: “se não tiver nenhum instinto, confie em seus impulsos”. Pode deixar mestre. Entendi. IMPULSOS.

Nessa revolução de sensibilidades, estou por restaurar meus sentimentos. E quem vier na contramão eu passo por cima. Nada pessoal apenas sobrevivência...Instinto...Ou...Impulso. Parem tudo! Freeway. Acelero. Sinal verde só pra mim. Por favor, não leve a mal, é tudo só uma questão de valorização do self.

Por ventura ou desventura, depois das experiências que passei, tenho a urgência de dizer o que até agora não tinha dito. Seja lá para quem for, seja lá como for. Seja mentira, ou, seja apenas vontade. Tenho pressa em desvencilhar o - eu, o - próprio, o - outro, o - eu - outro. Eu minto primeiro! Ao estado de graça, dificilmente repetível, estou hoje muito menos disponível. Estou superando a nostalgia da Virginia Wolf quando dizia: “Estou vivendo uma vida que não gostaria de viver. Como isto foi acontecer?". Já sei como, já sei por quê.

“Em um dia não muito distante/ havia sorrisos, beijos e sonhos/ Meus sonhos, seus sonhos/ Meu sonhos, agora teus sonhos/ Nossos sonhos/ Hoje nessa pós-vida em que eu co-existo/ Caminho devagar... / Pois você pisou no seus sonhos, nossos sonhos/ Meu sonhos/ Caminho devagar.../ Procuro vestígio do que um dia foi meus sonhos/ Apenas procuro/ Sonhos (Otávio Guerra). Estava eu a recitar há alguns dias tais versos. Por hora, canto com alegria o nascer do dia. O despertar do sonho. O resgatar dos meus sonhos, hoje, devidamente chamados de metas. Minhas metas.

Abrem-se as portas. Abrem-se as asas. Ventos do norte, sul, leste, oeste. Entendo agora de percepção espacial, de localização psico-geográfica, eu guio-me. A vida nunca foi tanta. O pensamento virou a flecha. O sentimento o arco que o impulsiona. Sou uma arqueira consciente, só miro agora em alvos de valor. Sem mais “Love Lies”. Now I’m found. Vou mentir para ti, mas não vou mentir para mim. Minha felicidade plena depende da tua felicidade. Eu ainda preciso de ti enquanto houver amor. Like the desert needs the rain. Lembra? A diferença é que eu continuei: It will always feel the same. Contudo, nestes novos dias, ‘til I find somebody new.

Doce prazer do vislumbrar da dádiva da renovação advinda do amanhecer! Renovare! Renovare! Ad infinitum! Renovare! O prazer, a dor, a invenção. Eu ainda me pergunto por que (?), mas não espero mais por respostas. Cansei de te buscar. E a cada detalhe negligenciado, tu – exato tu, te encarregas de dar ponto ao nosso conto. Os problemas gramaticais estão sendo resolvidos, para ficar esteticamente impecável. Embora persista o vazio, que a minha tão cara Emily faz questão de ressaltar e de me explicar – como se fosse uma receita de bolo, que: “Para encher o vazio/ Ponha Aquilo de volta que o causou/ Baldado cobri-lo/ Com outra coisa – sua boca vai mais se escancarar –/Não se pode soldar o Abismo com ar”.

Showed you my heart, I left it unguarded. Now I’m alone. Now you're gone. Now I’m gone. And I hope that you will see how much you mean to me.

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Posted by Eve Rojas on 8:04 AM
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Rompantes pueris, viagens de aluguel.

Posted by Eve Rojas on 6:34 AM
Se foram as lágrimas, as quais mancharam o rascunho do papel que as secou. Ficaram as marcas. Acabamos aqui. Com ou sem o conhecido “quem sabe”. Eu nunca tive tanto os meus vinte e um. Inocente. Irracional. Imbecil. Emocional. Tola. Inconstante. Boba. Intolerante. O teu cigarro ao meu segundo. Mais uma hora, ao meu clamor. A efemeridade ao meu amor. A embreagez a minha loucura. Brindemos! Obrigada. Dói. Vai doer muito. Muito. Mas cada lágrima vai levar embora você. E quem ama ou já amou sabe que isto não é apenas um clichê. Todavia são meras construções lingüísticas, fragmentos tecidos a luz da agonia.

O que não significa que eu não te apresente Narciso. Pois é, aquele mesmo que se apaixonou de tal maneira por si mesmo que ao ver a sua imagem refletida na água, buscou-a com tanta vontade que acabou por afogar-se. O mago Freud dizia que o narcisismo gera uma ilusão. A ilusão de construir uma imagem perfeita de si, ideal do eu, que mais adiante vai exigir – por “amar-se” em demasia, o amor do outro. Em outras palavras é o alimentar da ilusão de ser amado e adorado sem restrições. O amor pelo outro vai se confundir de tal forma com o amor que se sente por si mesmo que só poderá investir no outro se isso não significar um menor investimento em si mesmo. Ou esse sujeito pode ainda, transferir a sua relação de narcisismo para o outro, tornado este o ser “ideal”, o seu “ego ideal”.

Vai parar de investir ou vai alimentar o idílico do eu? O que mais apetece, eu não sei. Mas a escolha é antes de tudo um preocupar-se em ser amado do que em dar amor. Será que entendemos nós, o que vem a ser “dar amor” ? Da resposta não sei o correto. Da incerteza, conheço a arrogante protagonista de Dogville e o Seu ego explosivo. E olhe que eu ainda sei que individualidade não é egocentrismo. Ajude-me Piaget, se o sujeito está tão somente centrado em si mesmo como pode este conhecer a si mesmo se é da relação com o outro que o sujeito se define e se constrói? Será culpa do egocentrismo espontâneo? Queremos nós permanecer ou superar uma moral heterônoma? Quebremos o espelho! Por favor, quebremos o espelho.

Vislumbremos o horizonte e a diversidade. O altruísmo e desprezemos a vaidade. Coragem Cabral! Se tu tens que abandonar alguém, antes que seja aqui. Mas como eu não sou Cabral, e conheço bem os meus bem-te-vis; meu coração sangra a partida, a nau me leva e me deixa – te leva e te deixa no – um dia eterno, aqui. (Ah! Movimento contínuo agonizante!)

Nem que eu viva cem anos, jamais esquecerei os dias que aqui passei - penso e repenso, alongo a vista pela praia imensa, plana, terna, quente... Que falta já me faz os grandes arvoredos. Se há uma opção, deixei-me e deixo-me ficar porque este é, ou, ao menos era, um lugar para ser feliz. Hoje tenho o meu destino na mão, fico à livre vontade. Dou-te a livre vontade.

Na noite em que a minha criança te deu “um fim”, dos brincos que me destes, um se perdeu. Assim como o amor que tínhamos. Um, se perdeu. Mas para cultivar a doçura do ser pueril ainda restam os chocolates em tua gaveta. Atenção, atenção! Pequeno príncipe, ou melhor, pequena principesa: Vamos ouvir e aprender mais uma lição da velha história?
Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o princípe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ? [...]
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços? - Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...
Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
(Antoine de Saint-Exupéry)

Volto ao jardim com aquela certeza, com o choro da fidelidade perdida, da lealdade sacudida, com o perfume das flores de outrora. O que é preciso é ser como se já não fossemos. Quem mente para quem? Quem vai esquecer primeiro o sorriso, o gosto, o rosto, o ritmo do pulso, o olhar que diz tudo, ein? Diz-me. Quem? Ah, lamento covarde! Clarice me empreste o tom seco para expressar e ampliar o meu perturbador: “Se me distorcerem, cobro multa. Desculpem, não quero humilhar ninguém, mas não quero ser humilhada”. Não, não Clarice. Não é isso. Somos duas irônicas, mas crias da verdade. Então vamos lá mais uma vez: “Eu te amo, disse ela então com ódio para o homem cujo único crime impunível era não querê-la. Eu te odeio, disse implorando amor ao búfalo”. Melhorou. É o velho “eu te amo”, “eu te odeio”. Peço-te agora, por um instante, licença minha cara. As palavras me correm sem pudores, dispersas e emocionais: Respeito a tua liberdade, incentivo o teu direito de fazer escolhas. Compreendo a tua vontade de às vezes ficar só, reconheço que às vezes te sufoco com as minhas pressões e impressões. Ciúmes, falta de lealdade, matam. Cubro-te de afetos, aplaudo teus desejos de voar, te quero mais livre, te quero mais inteira, do que quando eras quando te conheci. Queria tão somente que a recíproca fosse verdadeira. EU TE AMO. Não preciso mais dizer que te amo.

Finaliza Clarice, com “as sem razões do amor” porque só tu poderias representar tão fielmente e de modo tão realista o amor - este ser tão desvairado. “Eu te amo porque te amo, Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor”.

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