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Certo ou errado?

Posted by Eve Rojas on 1:52 PM in , , , ,
É difícil imaginar o temperamento do amor. Seus caprichos, suas necessidades, suas carências, suas fantasias, suas escolhas e possibilidades, tudo parece se manifestar através da caixa misteriosa do humor e da doce leviandade. Quem inventou a prudência, definitivamente, não conhecia o amor. A humanidade em toda sua civilidade passa todo o tempo criando leis. Regras de conduta moral compartilhadas em significado às ordens do poder maior. Ordenamento social. Entretanto por vezes a letra da lei é apenas letra e a conduta é corrompida na experiência. Caos. Nos deparamos com o certo em nome do errado e do errado em nome do certo. Ambiguidades e imprudências do humano. Truculências e barbaridades sempre justificadas em sua essência primeira da carne frágil a corromper a alma e a mente sã. Pobres de nós carentes de conclusões ou mesmo indagações sábias. No irresoluto do ser, impulso e pulsão. Recônditos incógnitos, farsa verdadeira sem direito a verificação. Ignorância. Tem tanto de si, no menos do outro. Tem tanto de eu no desprezo do universal sem rosto. Cotidiano sem guia ou manual da criação. Vive. Vai e vive. Enxerga cego o altruísmo, sofre tranquilo na mesquinhez de ser um só. Anestesia no "não adianta" enquanto benevolentes mesmo são as quedas. Arranca. Arranca do peito qualquer víscera morta. A oportunidade é intransigente, a vontade displicente. Jamais haverá consciência de tudo que nos cerca, por isso lembra: age. Entendimento não é aceitação e aceitação precisa de aprendizado. O único supremo é a esperança. Eu, rio sem chão, para o desconhecido sou inferioridade, mas amanheço e adormeço no movimento contínuo, enquanto as estacas cavam o seu próprio abismo. Quem gostaria de ser quando já foi banido? Quem gostaria de ter quando já foi perdido? O que ninguém ou alguém consegue é ser quando se está e agradecer quando se têm. São tantas composições e decomposições ao longo dos anos. Tantas...que dor vira desculpa de estupidez. A quantidade de dores vividas se torna equivalente a modalidade de infâmia praticada. Incompetentes sociais, nós todos. Mimados e amados na imprudência e no engano de exigir direitos, de falar mais alto aos contrários. Intimidados os curvados, exaltados os em reverência ao pecado. Instinto pleno ou agitação nervosa? Vivas ao vilão, aos vilões, chamado Medo (é no singular mesmo!). Em excessos de fúria, o descontrole é desapreço. Quanto custa, quanto custa o perdão? Me diz o preço! Quero pagar! Quero pagar mas só tenho as lágrimas do arrependimento. Se tens o sentido do eterno, não precisas das liberdades alheias para por em detrimento. Celebra a união, o vice e o versa. Porque liberdade de um é ser dois. E se "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará", pisa em falso e aceita o recomeço. Deixa as dúvidas pro divino, aceita a carne, degusta a dádiva do amor irreflexivo e atreve o destino.


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