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Don't Weep.

Posted by Eve Rojas on 9:22 AM
Há dias em que tudo parece se encaminhar para a noção de desequilíbrio, descontinuidade, desarmonia e infinitude. Do molho agridoce ao sangue bruto. Nos momentos em que desafio a incerteza que abriga a certeza da dor. Nos segundos em que o pensar e o sentir, excedem o pensamento e se enunciam pelo grito expresso no silêncio do amor. Amor do impossível, da razão antagônica. Do fragmentar do eu à ascensão a subjetividade plena. Da mostra dos solitários sem-voz, dos personagens à margem do poder, aos desumanos e bárbaros de Eros.

Oh Deus, despoja-me dos invólucros frágeis da persona de mim, mas mantêm o escudo do outro desconhecido de mim mesma que ostenta o senso de orgulho e vergonha na cara.

Eu fui chamada e não soube como ir. Leave me out with the waste, this is not what I do? Eu tive a representação do sonho mais caro, da mão estendida ao tom mais docemente altivo, das palavras desconexas ao pensamento mais claro. E eu escolhi. Escolhi o desamparo. But Du I luv u. Vago pelas trincheiras noturnas do absurdo e só quero o amanhecer para te merecer ao meu lado. Entre os regalos mundados, entre todos os amores falsos, entre as promessas vazias, entre os cumprimentos sarcásticos, eu só quero teu colo, te ter no meu abraço.

Senhor, livrai-me dos caminhos da percepção perdida, que eu não chame miçanga de pérola, que eu não acredite em verdades inventadas, que eu não me enamore pela tristeza ou pela solidão, mas tenha coragem para viver a dor do êxtase da libertação. Que eu creia na magia, que eu creia no humano e lance flores ao vilão de mim.

Amor, calça o outro tênis, fica mais confortável. Adoro essa tua camiseta e esse teu jeans desbotado. Fiz o teu café. Mas antes vem cá, deita um pouquinho ao meu lado. Hora de ir? Já sei! Trabalho é trabalho! Pegou o usb? Hum Hum. E as chaves do carro? Peguei. Ei, ei, ei! Beijooo!!!Te encontro mais tarde no trabalho. Peguei aquela trilha longa do aprendizado. Do viver em mim, ao redor de mim e entre os nós. Abandonei a imoralidade de desistir de mim mesma. Tudo na ânsia de reproduzir o irreproduzível, sentir o sentimento sufocado, abençoar uma vida ainda não abençoada. Ser o excesso de amor de um bobo, ser um bobo com excesso de amor. Brindar aos goles de esperança, correr na chuva, abrir os braços, ser o próprio palhaço no meio do palco. Ser o fluxo e a energia, ser a força errática.

Multiplicam-se indefinidamente os espasmos e pulsações da minha alma. Sem generalizações ou reducionismos forçados sou mais disposição do que ato. Atos...pausa para reverenciar o transgressor tão amado. Contudo sigamos a rota da energia da embriaguez. Não sou resquício, sou o encontro do desejo e do indesejável. Sou mais consciência do que corpo, tão objeto quanto sujeito. Vou metamorfoseando-me. Nos prazeres da fantasia e das coisas do mundo, nas imagens espetaculares, nos rabiscos de guache, da intimidade à superfície. Eu sou ninguém. Não pertenço aos iguais que te rodeiam e tu temes. Temes porque também não és um, apenas te travestis de comum. É uma pena que te rendas a maldade inerente e renuncies a diversidade. Eu não tenho muralhas, minha arma é o caráter, a competência e a verdade. Sobrevivi a guerras de ódio e tolerância mas agonizo hoje com o teu tiro de clemência.

Pai amado, que a tua vontade em minha vida se faça mas se um dia me chamares como um dos teus, dá-me a honra de proferir e experienciar tais palavras: ”há o amor [...] que tem que ser vivido até a última gota. Sem medo. Não mata.”

Just do what you must do to find yourself. I hope you find a place where you feel... where you will... sleep...don’t weep.

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