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Divino

Posted by Eve Rojas on 7:31 AM in , , , ,
Por que será que o inexplicável é tão atraente? Em toda a minha breve vivência não consigo lembrar um momento se quer onde houve dúvida da existência de um Ser maior.  Uma certeza capaz de alimentar o meu corpo e a minha alma. De me encher de serenidade, de vontade de ser mais, de ser melhor. Aquieta as chamas do meu instinto febril,  cultiva o rubro ardente pueril da minha fé no hoje e no amanhã.  Não me sinto sob culpa, na obrigação do dever,  no inquestionável do ter-que-ser. Mundo de idéias, mundo do inteligível, mundo do sensível. Tudo se articula em harmonia quando se celebra a luz da bondade.  Palavras, cantos, melodias, sensações. Tudo me reveste como um manto de esperança e proteção.  É um cuidado tão brando, uma elevação tão despretensiosa.  Salves ao que é bendito.  A capacidade de acreditar.  Temperança  sem comedimento. Busca  por possibilidades de explicações, nunca por absolutos ou por sentidos. As direções são múltiplas, as interpretações infinitas.  O cuidado é meu mas está fora de mim. O bem de fora se perdeu mas resiste dentro e acima dos seres. Não vejo imagens, me deslumbro com o incomparável intangível. Não há nada antes ou depois capaz de levar abismo aos pés daqueles que aprenderam a olhar para o alto. Acredite no outro, acredite em você, acredite no que quiser. Apenas acredite. Eis o motor da mudança a reger o mundo mortal. A crença imortal.  Talvez a única servidão deva ser a voluntária pelo Amor.  Pela virtude do ser, pelo divino celeste. Não há nada a curar, apenas a revelar.  A restauração aconteceu, o sublime já transbordou. Destrona o falso incapaz. Não há dolo ou castigo. Só a misericórdia, não o punhal mas o perdão. Esquece o discurso e a superfície, sobretudo esse. Fica com os sentimentos, com o que move em ti em plenitude.  Cada experiência é única. Olha para o belo, para as essências e para o impreciso, para o que jamais poderá ser dito. Eu não busco salvação. Quero o entendimento do sublime falível.  Provação é presente de oportunidade. Solo fértil para crescimento.  Clamor é canto. Clemência engrandece. Lágrimas podem brotar, mas pés firmes não vacilam. Contempla o  imprevisível, louva os obstáculos, rompe o impossível e proclama o que em ti é Senhor.  Aguça os teus sentidos e te firma nas alturas. Tudo a tua volta é expressão de amor.  Não existe luz sem escuridão, não há equilíbrio sem opostos. Te sustenta sem envergar a tua fé. Te recusa a adormecer. Ergue a tua mão, luta, agradece, abençoa.  A força reveste e constitui.  Renova, renasce, aceita a passagem. Imperfeição é dom. O esplêndido é tentativa incansável.  Encontra os despertos e faz o sonho acontecer. Torna e te torna feliz. No fim, a prova é dispensável, mas a existência é inquestionável. Consegues ver as asas?  Será que importa? Em tudo há um porquê.

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Se existe luta, contra o que você luta?

Posted by Eve Rojas on 7:22 AM in , , , ,
No final do dia toda a interação virou conflito. Lutas por reconhecimento, esforços por vaidade, exaustão por sobressaltos do ego. Quando foi que violeta virou preto? Quais os pressupostos do desrespeito? Quanto vale a confirmação da primeira individualidade?Movimentos astuciosos pela preservação da existência. Palavras de justo e injusto ou nunca há o que seja (in)justo? Existe direito inalienável? Por via das dúvidas conserva o instinto. Recíproco só a desigualdade nessa igualdade proporcional. Preferíveis as adulações aos riscos. Nesse mundo intermediário toda virtude virou interpretativa. Acima das coisas, as vontades institucionalizadas de amor. Apoderamento. Quais os bens desejados? Qual porção você quer? No final das contas sempre a concorrência. Seja pela vista do raro ou do vil. À vista acaba saindo mais caro. Caro para os próximos da prudência (im), da indecência de ser um. A natureza acaba à deriva no orgulho, no affair da moral com o agora. No procedimento sem precedente, no avesso do amor de amanhã. Urge, mas ainda assim compreende o hoje sem pressa. O inseguro da lealdade é preferível a superfície das boas intenções. As vezes eu queria apenas um novo estado. Aquele outro de graça. Uma invenção de caráter e de papel, onde a expressão pudesse ser genuína e voraz com uma folha em branco. Como o lugar do espanto, aquele a dizer nada no segundo e a surpreender com o ordinário absurdo das horas. Tens nas pontas dos dedos o sensível, mas por muito fazes uso como se fossem a lei do juízo. Lesados. Rainhas e reis lesados pela condição de sujeito, pela ignorância bruta do hipertexto. Contexto sem pista, perfume sem fonte, sabor sem ingrediente, prazer sem infinito, mar sem horizonte. Pouco diante do tudo que não sabemos nada. Vem ser pra si desimpedido. Sou teu vocabulário sem absoluto, tua vulnerabilidade sem absurdo, tua realização sem alicerce. Constrói comigo o lugar dos santos prazeres profanos da medida e da sabedoria nesse vão de singularidade indecorosa. Contra quem você luta? Rompe teu contrato com a distinção. Apressa o ataque contra o destrutivo próprio do humano. Nenhum problema é de um, nenhuma verdade é para todos, nenhum passo no escuro é dado sozinho, nenhuma gota de amor sobrevive sozinha. Harmoniza. Voluntária e involuntariosa, não me venha dizendo que não se importa. A desistência é prima do cansaço. Cansaço crime perpétuo, princípio do fim. Lógica, física, matemática, sobrenatural, divino... A afirmação sobrevive: A gente recebe exatamente o que dá. Nunca é tão claro quanto parece, nem tão escuro quanto se sente. Imediato ou efetivo? É sempre "nós". Continua voando alto, dentro e fora de si. Não corta as asas. A emoção é violenta, a memória sensata mas a interpretação é falha. Ouve o sopro latente do saber sensível. Nenhuma luta vale um, nenhuma intriga vale outro. Conjugar na primeira só se for na primeira pessoa do plural. Voltamos ao violeta? Ou quem sabe ao colorido...

Violeta: Fantasia, mistério, dignidade, justiça, grandeza, calma, espiritualidade, delicadeza...
Branco: Ordem, simplicidade, bondade, paz, pureza, inocência, modéstia...
Amarelo: Iluminação, conforto, alegria, esperança, idealismo, espontaneidade, originalidade...
Vermelho: Força, movimento, energia, coragem, emoção, comunicação, extroversão...
Azul: Afeto, serenidade, confiança, amor, amizade, fidelidade, infinito...


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