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Descobertas manifestas.

Posted by Eve Rojas on 5:04 AM
Relacionamento instável. Incertezas. Dores, mágoas, incompreensões. Níveis diferentes, buscas diferentes, personalidades distintas, vidas que não se cruzam mais. Meu Deus parece tudo tão óbvio agora. O nosso amor foi simples, fugaz, belo e completo como um arco-íris. Daqueles que aparecem nos dias de chuva para lembrar que ainda há colorido. A gente quer tocar, compreender, desvendar e ele se vai quando ainda estávamos por contemplar. É bem assim. Nada é por acaso e o destino é o dono do espetáculo. Foi preciso um anjo falar para me dar coragem, para me fazer aceitar o presente e direcionar minhas escolhas longe do passado. Grata sou pelo lindo presente dado por São Paulo.
Eu poderia optar pelo fácil, dizer que o amor hoje não passa de um impulso, de uma reação química qualquer, ou ate mesmo a satisfação ilusória de um ego inflado – ou seria inflamado? –. Seria simples dizer também que ele é algo que transcende a palavras, a conceitos, a racionalidade e remontar tudo a emoção, ao transcendente e ao não-palpável. Mas as polaridades per si não explicam nada. Tanto no céu quanto na terra há degustadores do pecado. E Amor é Amor lembra? “Feliz e forte em si mesmo”. Eterno, completo e intocável. Ai, às vezes eu acho que tu não compreendes o meu vocabulário. Deve ser porque eu que estou na contramão, na complexidade do ser e do fato.
Entre tantas rotas possíveis quero o equilíbrio do simples e do complexo, como se um não fosse ao mesmo tempo o outro. Consciência do sentir, expressão do sentir e integração; eis o meu caminho a seguir. Vamos ao que aconteceu. Autoconsciente e sem defesas comecei a me entregar a mim a partir da minha entrega a ti. Abandonei o reagindo para aderir a uma real ação. Optei por experimentar e experienciar os mundos possíveis, numa multitude de sentidos, num shake de sensações. Adulterei a ordem, corrompi o complexo, flertei com a simplicidade. Para preencher, aderi. A mais humanidade, a vida, ao viver, ao corte e a cicatriz. Precisei ceder, cair, me perverter, me transformar em inverso para achar o que em mim há. Ainda há. E eu estou mais uma vez na aventura ingrata de me buscar. Ao caos estou por atingir e esse mesmo caos tem me trazido de volta para mim. Pois é, o caos é criativo e agora, restitutivo! Transgressões... tenho cansado até mesmo delas, as ressacas orgânicas e morais, são tediosas. Agora não é o vazio que tem me incomodado, mas o excesso; então, mais uma vez, estou em outro extremo. Quero a liberdade, mas ainda tenho um senso de esperança. Quanto a nós? Ah. Já era. Foi bom, intenso, verdadeiro, mas minha origem cultural me espera! E são tantas surpresas que eu acho que vou embarcar em outro arco-íris ou em alguma estrela.

Reverências a Drummond ao afirmar que “o amor começa tarde” e “é privilégio de maduros”.

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