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Sete vezes sensível.

Posted by Eve Rojas on 11:25 AM in , , , ,
Consolidar-me ao lado do outro, do ele, não dá sentido a minha existência. Reconheço o outro sem medo, e a outra, as vezes, com desejo. Um objetivo é pouco quando o universo de mim e do outro me oferece multiplicidades. A mediocridade não sou eu, a não ser quando fixo. Eu tenho ou quero ter um objetivo de amor? Não quero afirmar-me ao lado de um ser determinado mas contestar ao lado de um ser possível. É o que anuncio de mim mesma ou o que negligencio diante do tempo? Sabe-se lá. Só não sou uma daquelas que acreditam em humanidade atrofiada. É corredor sem fôlego, região infecunda. Ausência na presença de si. Resposta pelo rótulo e não pelo conteúdo. Nem o tempo pode me corresponder. Eu sou brisa leve soprando branda até o oposto do mundo. Escutam meu brado livre do topo da montanha, borbulham minhas notas vivas no fundo do oceano. Te ouço. Entre as diversas vozes e ritmos da madrugada insone, entre os amores e as crenças de ontem. É doce o som da articulação dos teus fonemas. Não mais que de repente, em minha audição, só a tua sinfonia. Deus, era para mim! Deus era para mim! Amada primavera com ares de renovação de outono. Não importa, não espero nada. O sublime das autênticas companhias fraternas é dádiva. Não se pede, se dá, se retribui quando a sensibilidade comanda. Tenho sorte ou merecimento? Tenho afeto. Eu, você, você, eu e o nós. Inesquecíveis momentos de reciprocidade, caros instantes de lealdade saboreados em gratidão ao eterno. Quem dera a vida fosse a união das partes. Um mosaico multicor vibrante de atributos nobres justapostos. A raridade do simples, o trabalho honesto das mãos com a força vital. Amor. Vislumbro o horizonte e o transponho. Obstáculos se apresentam e eu sempre ganho porque por mais que não queira estou sempre em companhia. Estamos. Vibrações positivas emanam do distante remoto, do lado bem próximo quando a ação é reação da causalidade do bem. Almas nuas em ato de coragem. Privilegiados anjos que descem a terra com a graça do despreendimento. Honrada eu, posso admirar-vos. Quebra as lentes, lança focus diferentes. Embaça, desbota todos os tons viciados em debilidade comum. Únicos e iguais. Nem mais, nem menos. Estamos onde deveríamos estar, sempre no ponto de partida. Pisando firme no chão sem tirar os olhos das alturas. Submergindo em amor sem sentir a chuva. Ninguém jamais poderia acreditar, mas essências distintas se misturaram formando um único espetáculo. Nesse palco a beleza, a ousadia, a criatividade, a diversão, a cumplicidade, o sensível, a honestidade, o real e a fantasia. Todos sonhamos. Ah, se ao longo dos tempos tivesse havido mais poetas do que seres de ex-humanos!




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