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Pouco mais de trinta

Posted by Eve Rojas on 7:01 PM in , , , ,
Idéia-estrela, conheço o dado a mim por intuição. Inteligível e supra-sensível. Noutros tempos soube do sensível, nestes passeio no supra-inteligível. Não há domínios ou ditos mitos. A fábula é cotidiana, escrita com suor e olhares de chamas. Urde, rompe, estreita, laço valioso. Inclinação irresistível, cálculo irracional. Vitrine é pouco na amplidão do teu prisma de luz. Arquitetura do sublime admirada cá da terra em toda sua firmeza de vontade. Traduz, deixa eu te traduzir. Teu instinto por proteção, teu equilíbrio complexo. Tua simplicidade corriqueira, tua defesa de opinião obstinada. Doçura apimentada, criança a observar além da cegueira diária. Abre as portas para o mundo, apercebe o sussurro das brisas, mas sem endurecer a ternura. O tempo é curto, as dores inevitáveis e a esperança eterna. Escolha. Atrás da tua primeira capa, a flexibilidade. Aperta entre os braços, liberta a raiva, sente as lágrimas, diminui os espaços. Equilíbrio complexo. Meu controle disperso. Nas tuas mãos a lembrança do passado, delicadeza preservada na conquista da força nos teu anos de mulher. No teu olhar a busca inesgotável de uma retina a captar sentimento e transmitir tuas verdades. Coração que se abre aos poucos na aventura valiosa do conhecer. Na tua moleza gostosa, o embalar dos meus sonhos. Na quietude ou excitação, a tua presença de divino sândalo. Menina-Mulher a emocionar-se com outras épocas. A ser fiel aos seus, a acolher-se entre os raros. Vive seus desejos, sobrevive a experimentação de novos limites. Rasgos férteis. Onde houver pedra te ajudarei a plantar flores. Teu tamanho é infinito, tua coragem a ser descoberta, incomensurável. Estende a mão em apoio e em pedido. Virtude da Dama de pés descalços. Se tu mercúrio, minha mão aberta. As escolhas são de agora, os avanços advindos dos recuos. Nada é certo, a não ser o possível. Te destemo sem pressa saboreando o compreensível. Eu, de coração aberto. Curiosidade sem nenhum cinismo, superações de mim no ainda rascunho de nós. Tu, de coração aberto. De pele mergulhada na minha, de mãos entrelaçadas, de toque do profundo sensível. Impulsos inconscientes, subconsciente predecessor da atração, não importa. Encontro. Tateio teu corpo buscando o desnudar da tua alma, adormeço com ele entrelaçado ao meu sentindo cada noite única. Inebriada no teu cheiro, flertando com a instância de transcendência. Fortes, leves afagos. Sentido gerado nas pequenas descobertas. São pouco mais de trinta dias. Tudo inicia reescrevendo. Da intensidade poética circundante, ao desvendar dos interditos. Sentimento nada mítico, inexplicável pela natureza do afeto. Puro inocente imerso em transe de estesia. Nesse turbilhão meu interior silencia. Diante da essência do lírico, sujeito a unir-se a divindade. Surgimento do novo. Criação do um-com-outro. Nas minúcias do teu jeito, meu prazer rompendo em vermelho, amarelo, azul, verde, violeta. Rastros de borboleta. Roubada de Rafael, minha madona prima de Maria moldada em humanidade. Arte reencantando universo. No frescor da surpresa, nutro a minha paixão de desejo. Desejo de dissipar suas cores no ar, de te deixar soar alto. De te ter sempre entre os braços, de te amar irradiando alegria. A vida pulsa em êxtase, a própria poesia ocupou o lugar. Poucas são as palavras, poucos são os dias.

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