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Vício inesperado

Posted by Eve Rojas on 5:57 PM in , , , ,
Lembro de quando amar um dia foi simples, quando aceitar o bem fazia sentido. Ultimamente o mundo não parece tão honesto. Anulo a metafísica e a moral? Talvez o tempo não seja de decadência mas de especulação. Ah, o transcendente e o eterno, nada mais que uma preparação para a morte. Está afim de usar a hermenêutica? Diálogos...Completos de vazio. Um dia ainda alcançarei a sabedoria do desapego da ação e do afeto. Embora suspeite ser mais diminuição do que aumento de valor. Elementar função negativa defensora. Só consigo encontrar a grandeza verdadeira no conhecido mais desconhecido amor. Quem sabe vejo a sua face além-túmulo. Piedade Wagner, piedade, porque sofro nas repetições e acordes isolados de Debussy. Dentro de uma dependência entorpecente, um dia por vez. Nunca disse muito, por temer não ser o bastante e o nada virou excesso. Te conheci com os dados imediatos do sentido. Logo me movi irracionalmente, encontrei o vício e a angústia latente. Os estóicos diriam: Aniquila! Paixão é substância má. Mas renuncio as honras do mundo, se tu vieres comigo a fortaleza dos loucos. Insanos por este afeto devastador, por essa vontade incessante de ter-te entre os braços. Fecho meus olhos, reconheço e louvo a tua respiração, vejo o teu sorriso-levado através dos teus olhos que me buscam por baixo. Não há como escapar, não há mais torre de marfim e julgamento é suicídio voluntário. Declaro a virtude corrosiva e a morte da moral. Todos falhamos. Tento salvar o meu pensamento, no percurso meus músculos dilatam até o romper, sinapses perdem a cadência, comunicações são interrompidas. Corpos livres em divisa, vozes presas em anseio. Agora, prefiro rimas à enigmas, escrevo músicas em clave de fá. Deus há de me mostrar o caminho, porque meu corpo se move para onde está o teu ar. É um mergulho sem orgulho, por uma descarga emocional breve e violenta, de um prazer descomunal. Palavra jamais será pura na colisão de nossas almas. Grito uma prece ao infinito, seguro minhas lágrimas, rogo por solo fértil para essa flor linda, cujas raízes estão a flutuar sobre a aridez silvestre. Bençãos a beleza ímpar, somos inocentes. Somos inocentes. Surgem respostas inesperadas para propícias intenções reprimidas. Haverá lugar para arrependimentos? Será possível esquecer o peso do fardo? Não adivinho futuro. Vejo o céu se inclinando, me mostrando o fogo, dizendo que entre as nuvens minhas mãos nunca irão queimar. Os pés continuam no chão. Deixe-me ficar aqui por um momento. O resto dos tempos é um mistério obtuso e eu sou tua pulsação presente. Serei eu a nova amante de Lady Chatterley?

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5 Comments

Anonymous says:

Agora sei que não haveria nome melhor para o blog...you are always in love. Confere? ;)

Bianca M


Essa eh uma pergunta q nao exige resposta...=P

Anonymous says:

In love with different people, different seasons... Don't you agree that we just can love once in life?


I believe in love like the stars above, like a burning fire, like water, air... Can you try all at once?


Nossa, complicado hein?!
Love is complicated, anyway!

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