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Para quem tem olhos de Alice

Posted by Eve Rojas on 5:21 PM
Como dizer que o corte foi profundo, mas que a alma vive e passa bem? Vê para além dos riscos. Te repito, a busca é d’outro alguém. Já não construo ilusões, destruo as que me restam e opero o sensível. Mudei de ramo. De fantasia agora, só o nome. Não sei se me ausento ou se te espero. Digo-te adeus. E imediatamente te sorvo como naqueles dias em que morrerias colada à minha boca. Lascívia, prazer... paixão como fogo, e eu água. A angústia de amar sem jamais poder ter. Fácil te vender esse clichê, alimentar, no esconderijo do teu ego, a tua comoção em ver a minha aflição em te querer. Toco a tua pele com plumas, te dispo com seda, te descubro com a luz do amanhecer. Cada parte do teu corpo admirada com o ardor dos olhos de quem primeiro amou. Movimentos precisos e sem esforço, o encaixe é perfeito e eis o porque experimentar tem tanto sabor. Encontro, entrega... como se o artista estivesse sempre a mercê da sua matéria – obra – prima. Descobertas. Memórias traçadas com suor na anatomia do corpo, escritas, inscritas, com pequenas gotas de sangue ingênuo e lágrimas multicores. Vida da minha alma. Vida da minha alma. Eu amo mais a minha morada. (trecho_)

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